sexta-feira, 18 de julho de 2014

A LITERATURA INFANTIL E A MATEMÁTICA

A LITERATURA INFANTIL E A MATEMÁTICA

Se o material usado nas aulas de matemática estiver adequado às necessidades do desenvolvimento da criança, as situações-problema apresentadas a ela enquanto manipula esse material, faz com que desperte o interesse e o sentimento de desafio na busca de soluções.
 Quando adotamos problemas-padrão como o único material para o trabalho com resolução de problemas na escola, podemos levar o aluno a uma postura de fragilidade diante de situações que exijam criatividade. Ao deparar-se com um problema em que ele não identifique a operação a ser utilizada, só lhe resta desistir e esperar a resposta do professor ou resolverá o problema mecanicamente sem confiar na resposta que encontrou.
Para iniciarmos essa mudança é necessário que:
  • Levemos em consideração que o problema  não necessite  de uso direto de algoritmo.
  • O problema deve ser interessante, desafiador e significativo para o aluno, permitindo que ele formule e teste hipóteses e conjecturas.
Objetivo:
Desenvolver em nossos alunos uma série de habilidades em resolução de problemas:
·         Desenvolver e aplicar estratégias para resolver uma grande variedade de problemas;
·         Formular problemas a partir de situações matemáticas ou não;
·         Verificar e interpretar resultados com respeito ao problema proposto;                                                        
·         Usar resolução de problemas para investigar e entender os conteúdos matemáticos;
·         Adquirir confiança em usar a matemática.

Critérios para seleção dos livros:
  • O assunto abordado tem relação com o mundo da criança e com os interesses dela;
  • A linguagem, a apresentação e os valores do livro correspondam ao desenvolvimento psicológico e intelectual da criança;
  • Transmite sentimento de respeito e dignidade a pessoa humana;           
  • Aborda alguma noção matemática específica ou propicia um contexto favorável à resolução de problemas.

Importante:
·         O professor goste de ler, conheça bem a histórias e as gravuras, pois muitas vezes sugerem a exploração de um ou mais temas e também para que possa elaborar atividades adequadas à classe;
·         Ter claros os objetivos que deseja atingir;
·         Deixar o livro ser manuseado, folheado, revisto até que a curiosidade seja despertada, a criança necessita da recreação e prazer da leitura gratuita e ao sonho.
·         A história não deve ser distorcida por uma ênfase indevida por um aspecto matemático.
·         A exploração do texto literário não deve ser colocada em segundo plano. Após uma leitura , há muito o que discutir, o que analisar, o que fazer para a criança perceber e opinar criticamente.
EXEMPLO:
O livro conta a história de um elefante que vai viajar e resolve dar uma festa de despedida para os seus amigos. Durante a festa, é tirada uma foto de recordação, na qual aparece um rabinho estranho. Todos se espantam com aquele rabo que aparece na foto e tentam descobrir a qual dos convidados ele pertence.

·         Este  trabalho foi feito com crianças de 5 a 6 anos, foram abordadas noções de contagem, seqüência numérica, medida de comprimento e construção de gráfico.
·         Uma vez que as crianças demonstraram gostar do  texto o trabalho prosseguiu com diferentes recursos: dramatização, fantoches,  dobraduras, desenho livre e outros.
·         O livro em questão não possui número de páginas , o que permitiu que a professora tirasse proveito disso para realizar um trabalho envolvendo contagem, escrita dos números, ordenação e seqüência, pedindo as crianças que numerassem as páginas ou que localizassem  
     determinadas figuras na pág ....                                                      
                                               
·   No final da história a pergunta com suspense: De quem era aquele rabinho?
·   Trabalhar com a exploração do enigma colocado pela história, permite a simulação de resolução de problemas.

·   As primeiras atividades foram pequenos problemas orais propostos tanto no texto escrito quanto a leitura das imagens que envolveram contagens, observação, comparação e alguns problemas propostos como:                                                    
- Quantos animais foram à festa?
- Qual o animal mais pesado que estava presente?
- Qual o animal mais leve que esteve presente? E o mais alto? E o mais baixo?
- Quantos e quais são os animais que estão presentes na festa, mas que não estão presentes na capa do livro?

·   Desenhos para registrar a história

·   Tarefa individual: imaginem o que o elefante falou quando viu o rato – que era o animal ao qual pertencia o misterioso rabinho.
- “Sai rato. Você vai acabar com minha festa.”
- “Sai rato porque se não vamos acabar com você.”
- “Um rato aqui? Meu Deus do céu eu acho que estou sonhando”.

·         Após a conclusão da tarefa cada aluno contou aos colegas como havia imaginado a reação do elefante diante da descoberta do convidado indesejado.


·           Os trabalhos ficaram expostos na classe permitindo a troca de informações, idéias e a capacidade de crítica em relação aos diferentes escritos, e, até, a habilidade de cada um em propor novas soluções para o mesmo problema.

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