sexta-feira, 18 de julho de 2014

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DENTRO DO PLANEJAMENTO SÓCIO-INTERACIONISTA

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DENTRO DO
PLANEJAMENTO SÓCIO-INTERACIONISTA


Planejamento e avaliação na educação infantil dentro do pensamento sócio-interacionista um tema muito discutido entre os profissionais de educação infantil, tem como objetivo  conceituar planejamento de ensino e avaliação, verificando a sua importância na organização do trabalho docente para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem na educação infantil na linha de pensamento sócio-interacionista.
O ato de planejar faz parte da realidade humana, na educação infantil não é diferente, para uma atividade sistemática, para uma organização da situação de aprendizagem ela necessita evidentemente de um planejamento muito sério não se pode improvisar a educação seja qual for o seu nível, e um bom planejamento começa com avaliação diagnóstica, esta também tem sido um problema, pois a dificuldade de avaliar na educação infantil é grande. Assim apresentaremos as dificuldades enfrentadas, a importância e os elementos essenciais necessários para o bom desenvolvimento do planejar e avaliar no processo educativo, e também a contribuição de alguns teóricos que descrevem o processo de aprendizagem sócio-interacionista.
 Para Vygotsky a aprendizagem se dá através da interação com o meio, na zona de desenvolvimento proximal, cabe ao profissional mediar essa aprendizagem executando corretamente sua função de planejar e avaliar.
Planejamento é o principal instrumento de trabalho de um professor sem ele eu diria que é impossível exercer corretamente a função que nos é confiada, a de educar, o planejamento por melhor que seja não garante por si a aprendizagem mas é um guia que organiza, que direciona que articula a atividade, porém não podemos esquecer que é muito importante que este planejamento seja flexível, que possa ser mudado de acordo com a realidade da turma ou de cada aluno. O planejamento principalmente na linha socio-interacionista deve começar com a avaliação por isso não pode ser desvinculado da mesma, esta avaliação é diagnóstica que tem a função de identificar eventuais problemas de aprendizagens suas possíveis causas, numa tentativa de saná-los, e também identificar a zona de desenvolvimento proximal que segundo Vygotsky seria a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem o potencial de aprender. Para então partimos de um ponto que direciona nosso planejamento.
Observamos nesta pesquisa que a principal dificuldade em realizar um planejamento socio-interacionista é saber como funciona o mecanismo de aprendizagem nesta linha de pensamento, quanto ao planejar houve um consenso de sua importância e necessidade. Em se tratando de avaliação a maioria das educadoras desenvolvem a proposta da escola sem entender plenamente o seu significado e importância, tornando assim mera constatação de aprendizagem , deixando de usar esse rico instrumento para reflexão reformulação e melhoria do ensino-aprendizagem. Acredito que os objetivos traçados no inicio desta pesquisa foram alcançados, atravéz deste podemos conhecer um pouco mais sobre planejamento e avaliação dentro do pensamento sociointeracionista , as principais dificuldades enfrentadas pelas educadoras diante destes. Esperamos que esta pesquisa seja mais uma contribuição acerca deste tema.


A avaliação na Educação Infantil passo a passo:

• Observar e compreender o dinamismo presente no desenvolvimento infantil é fundamental para redimensionar o fazer pedagógico. Essa compreensão influenciará diretamente na qualidade da interação dos professores com a infância.

• O conhecimento de uma criança é construído em movimento de idas e vindas, portanto, é fundamental que os professores assumam seu papel de mediadores na ação educativa; mediadores que realizam intervenções pedagógicas no acompanhamento da ação e do pensamento individualizado infantil.

• Ainda hoje, na prática cotidiana, é comum, não só na Educação Infantil, como nos demais níveis de ensino, os avaliados serem só os alunos. É necessário que a clássica forma de avaliar, buscando “erros” e “culpados", seja substituída por uma dinâmica capaz de trazer elementos de crítica e transformação para o trabalho.

• Nesse processo, todos – professores, recreadores, coordenação pedagógica, direção, equipe de apoio e administrativa, crianças e responsáveis – devem, sentir-se comprometidos com o ato avaliativo.

• Para focar o olhar em como se avalia, sugere-se atenção aos pontos abaixo, nos espaços de educação infantil:
Análises e discussões periódicas sobre o trabalho pedagógico. Estas ações são realizadas nos encontros periódicos. Elas fornecem elementos importantes para a elaboração e reelaboração do planejamento. Igualmente importante é dar voz à criança. Nesse sentido, a prática de avaliar coletivamente o dia-a-dia escolar, segundo o olhar infantil, traz
contribuições fundamentais e surpreendentes para o adulto educador, ao mesmo tempo que sedimenta a crença na concepção de criança cidadã.

Observações e registros sistemáticos:
            Os registros podem ser feitos no caderno de planejamento, onde cada professor/ recreador registra acontecimentos novos, conquistas e/ou mudanças de seu grupo e de determinadas crianças; dados e situações significativos acerca do trabalho realizado e interpretações sobre as próprias atitudes e sentimentos.
É real que, no dia-a-dia, o professor/ recreador não consiga registrar informações sobre todas as crianças do seu grupo, mas é possível que venha a privilegiar três ou quatro crianças de cada vez e, assim, ao final do período, terá observado e feito registro sobre todas as crianças.

            Utilização de diversos instrumentos de registro. Para darmos espaço à variada expressão infantil, podem-se utilizados como instrumentos de registro de desenvolvimento arquivos contendo planos e materiais referentes aos temas trabalhados, relatórios das crianças e portfólios.
            O professor/recreador deve organizar um dossiê de cada criança, guardando aí seus materiais mais significativos e capazes de exemplificar seu desenvolvimento. Também durante a vivência de um projeto de trabalho, cada grupo deve ter como meta a produção de um ou mais materiais que organize o conhecimento constituído acerca do assunto explorado. Assim sendo, o arquivo de temas é o dossiê do projeto realizado pelos grupos de uma mesma instituição.

            Construção de um olhar global sobre a criança A fim de evitar um ponto de vista unilateral sobre cada aluno, é fundamental buscar novos olhares:
 - Recolhendo outras visões sobre ela.
 - Contrastando a visão dos responsáveis com o que se observa na escola/ creche.
 - Conhecendo o que os responsáveis pensam sobre o que a escola/creche diz.
 - Refletindo sobre o que a família pensa em relação aos motivos de a criança comportar-se de determinada forma na escola/creche.
- Ouvindo a família sobre como pensa que poderia auxiliar a criança a avançar em seu desenvolvimento.

Sugestões:
Hábitos e Atitudes:
Está sempre atento na sala de aula.
Relaciona-se bem com os colegas e professores.
Ouve com atenção e espera a sua vez de falar.
Faz a tarefa com capricho e é pontual na sua entrega
Porta-se no momento da merenda e higiene.
Colabora com a limpeza da sala de aula.
É cuidadoso com o material escolar.
Confia nas tarefas que realiza.
Comporta-se bem nas atividades desenvolvidas.
A conversa está interferindo no rendimento.
Reparte os brinquedos com os colegas



Linguagem:
Entende bem o que lhe é falado.
Expressa-se com clareza.
Articula bem as palavras.
É desinibido e gosta de participar das atividades musicais e teatrais.
Dialoga sobre suas vivências espontaneamente.
Na hora da história, está disposto a ouvir e participar.

Desenvolvimento Cognitivo:
Apresenta bom raciocínio matemático.
Tem facilidade em compreender as noções matemáticas.
Compõe quebra-cabeça.
Consegue concentrar-se na realização das atividades.
Demonstra interesse e criatividade na execução dos trabalhos.
É responsável na execução das atividades.

Desenvolvimento Psicomotor:
Consegue movimentar-se bem (pular, correr, saltar, arrastar...).
Quando modela cria formas diferentes.
Apresenta boa motricidade fina (recortar, pintar, colar...).
Tem consciência do seu corpo e consegue expressar-se graficamente.
Orienta-se bem no espaço e tempo.

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